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sábado, 17 de abril de 2010

Chique a valer!

Como diria o Dâmaso Salcede ...

Demorei 1 mês e meio mas acabei!
Genial, simplesmente genial. É mesmo uma obra-prima da literatura portuguesa. É preciso coragem para ler Os Maias mas depois de começar, Eça consegue-nos manter agarrados à história e a sua narração descritiva e irónica deixa-nos com um verdadeiro sorriso no rosto em algumas situações.
Já o tinha lido nos tempos distantes do secundário mas é claro que a apreciação da obra e mesmo a atenção com que a lemos é agora completamente diferente.
Para quem não se recorda (ou para quem nunca leu), trata-se da história de uma família (os Maias), ao longo de três gerações, focando-se depois na última e nos amores incestuosos entre Carlos da Maia e Maria Eduarda, sua irmã. Mas acima de tudo, o autor aproveita a história para descrever (e criticar) a sociedade da época nomeadamente a alta burguesia lisboeta de meados e finais do séc. XIX.
Fabuloso e chique a valer!!!

3 comentários:

? disse...

Também já li duas vezes e fiz duas leituras diferentes. Creio tb pq já somos pessoas diferentes no que respeita a acumulação de experiências de vida.

Mas o que achei à segunda parece ligeiramente diferente da sua experiência com a sua segunda. Mas como elaborou pouco, é só intuição...

Rodrigo Oliveira disse...

Fiz a primeira leitura nos tempos de escola (tal como muita gente da minha geração) e já lá vão uns aninhos... mas recordo-me de, no início da leitura, ter sido um suplício mas depois acabei por lhe pegar e li-o até ao fim! Isto, num tempo em que os famosos resumos (livrinhos amarelos) da Europa-América serviam para "lermos" os clássicos de uma forma mais rápida. :)

Mas nesta segunda leitura que fiz, consegui apreciar muito mais a obra do que na primeira leitura. Obviamente que a experiência de vida e de leitura é outra e o modo como encaramos e "mastigamos" a escrita de Eça já nos permite um outro sabor, muito mais refinado.

? disse...


E já imaginou como será uma terceira leitura? Daqui a 15 anos?

Mas comigo passou-se o inverso. Gostei imenso de ler a obra na escola e o suplício foi largar o livro. Nem o larguei, para o terminar fiquei o dia e a noite toda a ler.

Na altura com a orientação educativa, a obra foi apreciada por todas as suas subtilezas simbólicas. Na altura, sabia tudo o que tinha de se saber sobre a mesma.

Depois nesta recente segunda leitura centrei-me mais na história e menos na análise da composição escrita. As personagens já não se distinguiam tão bem entre "certos e errados", "heróis e vilões", "cavalheiros e ralé".

Numa terceira, gostaria de reencontrar a primeira com a última...