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sexta-feira, 30 de março de 2012

O Jogo do Anjo

Sinopse
Na turbulenta Barcelona dos anos de 1920, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe a proposta de um misterioso editor para escrever um livro como nunca existiu, em troca de uma fortuna e, talvez, de muito mais.

Com um estilo deslumbrante e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo à Barcelona de o Cemitério dos Livros Esquecidos para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos, onde o encantamento dos livros, a paixão e a amizade se conjugam num romance magistral.

Opinião
Já conhecia Zafon desde a leitura do seu magistral "A Sombra do Vento", e ansiava por relê-lo mas por vezes são tantos livros em fila de espera para ler e outros tantos em fila de espera para adquirir que alguns acabam por ficar perdidos no tempo... Até que, numa conversa ocasional com um outro leitor, ele nos empresa "O Jogo do Anjo". :)
Em tantos anos de leitura, foi apenas o segundo livro emprestado que li... (obrigado A.P.)

Tal como "A Sombra do Vento", este "O Jogo do Anjo" leva-nos a dar uma volta por Barcelona, só que, desta vez, uns anos mais cedo, na década de 1920. É a história de David Martín, um aspirante a escritor que, graças a um "padrinho" muito especial, acaba por concretizar o seu sonho e desata a escrever pequenas histórias que lhe vão consumindo tempo e, essencialmente, saúde. Até que, ao conhecer um intrigante e obscuro editor francês, surge-lhe a oportunidade de escrever "o livro" da vida dele por uma quantia astronómica, 100 mil francos.
A escrita, mais uma vez, volta a ser brilhante. Sem ser demasiado complexa, nem demasiado básica, é absolutamente deliciosa. O humor, as ironias e o sarcasmo com que o autor nos apresenta Martín são únicos.
Não sendo um daqueles romances "eléctricos", ao estilo Dan Brown, ou um thriller devorador de páginas, não deixa de ser fantástico a capacidade do autor de nos manter agarrados ao livro, ansiando pelos próximos acontecimentos.
E há passagens que são verdadeiramente deliciosas, como estas que reti:

"...estavam os meus companheiros de alojamento amontoados de encontro à janela a ver se captavam uma visão fugaz das monumentais nádegas de Marujita num daqueles vaivéns que as espalhavam como massa de folar de Páscoa de encontro ao vidro da sua clarabóia, quando soou a campaínha da pensão."

Desmanchei-me a rir quando li isto...
É sem dúvida, um autor de leituras obrigatórias. Um dos meus preferidos.

terça-feira, 20 de março de 2012

The Boss is back...

... with his Wrecking Ball.
17º (!!!) álbum de estúdio para Bruce Springsteen, uma verdadeira lenda viva do panorama musical americano.
We Take Car of Our Own é o primeiro avanço. O conceito de american pride, característico de Springsteen continua lá, um pouco ao jeito do velhinho Born in USA.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ser pai é...

Ouvir da filha mais nova:
- Pai, compramos uma surpresa para ti mas não é para dizer, não é mãe?
 Ouvir da filha mais velha:
- Pai, o que vais querer para o pequeno-almoço. Amanhã (hoje) sou eu que te preparo!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Alto Minho

Aproveitando este atípico "Inverão" que, desconfio, muita azia nos vai trazer daqui a alguns meses, aproveitei um dos (muitos) fins de semana solarengos para arejar.
Destino: Monção

Monção é uma pequena vila minhota, na margem do rio Minho, fazendo fronteira com a terra de nuestros hermanos (do lado de lá do rio, entenda-se). Situada entre Valença e Melgaço, a cerca de 1h30 de viagem calma desde o Porto, é um óptimo destino para uma pequena saída. E então se houver pequenada, tanto melhor como se perceberá a seguir.

Uma curiosidade relativa a Monção é o nome da sua praça central e a lenda da respectiva personagem. Trata-se da Praça Deu-la-Deu Martins e, segunda reza a lenda, durante as guerras fernandinas no séc. XIV, quando a vila se encontrava cercada pelos castelhanos, a fome reinava no interior da fortaleza e os habitantes começavam a pensar em rendição, Deu-la-Deu Martins, esposa do alcaide local, mandou recolher o pouco trigo que existia para cozer alguns pães e, do alto das muralhas da fortaleza, lançou-os aos castelhanos. Esta acto teve um efeito moral devastador sobre os galegos que assim acreditaram que a fartura ainda reinava no interior das muralhas. Levantaram o cerco e "puseram-se ao fresco"! :)

No centro histórico, encontramos várias casas antigas, com a típica construção de pedra, como a Casa do Curro, do séc. XVII, local que alberga actualmente um espaço de exposições, um auditório e a delegação do turismo.

Para quem tem pequenada, um passeio pelo centro histórico pode se tornar num tormento mas para isso, nada melhor do que esgotar as pestinhas no excelente parque de lazer à beira-rio.

E é por isto que aconselho um passeio a Monção, especialmente para quem tiver pequenada. É que neste espaço à beira-rio, "colado" às muralhas da fortaleza não faltam equipamentos para a pequenada brincar, bem como locais de sombra e estrados para passeio mesmo junto ao rio, espaço para merendas e, qual cereja no topo do bolo, a piscina municipal. :)
Obviamente que nesta altura não deu para lá ir mas em pleno Verão, deve ser uma maravilha. Programa simples, barato e retemperador de forças. :)
Passar a manhã na piscina, piquenique no parque de merendas, soltar a pequenada no "parque de recreio" e terminar com uma volta, à beira-rio, no passeio dos arcos...


Fica marcado na agenda. :)

P.S. 1 - não é o meu caso porque eu não gosto nem bebo mas, para que conste, Monção é considerado o berço do Alvarinho, categoria de vinho muito apreciada por terras lusas...

P.S. 2 - ah, já me esquecia, também é terra de lampreia!!! prato típico local :)