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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nas fraldas da Cabreira - Parte I

Finalmente, tempo para TT.

Ao fim de mais de 2 meses lá fui eu para Cabeceiras de Basto.
A minha sobrinha fazia anos e eu não podia deixar de agarrar a oportunidade para pegar na montada :). Foi aquilo que se costuma designar por "um consolo" :).

Sábado foi até às 14h e no domingo só deu até às 12h ... Compromissos familiares, pois claro.
O tempo estava 5 estrelas ... Um pouquinho quente até ...

Neste primeiro post sobre o passeio vou apenas descrever os preparativos. Farei depois a reportagem ... Se calhar, só depois das férias ... É que elas já estão aí a bater à porta ...

O planeamento que fiz do passeio foi completamente artesanal !!!
Nada mais simples.

Peguei no Google Earth e pus-me a analisar a região a norte de Abadim (Cabeceiras de Basto). Comecei a traçar caminhos que me permitissem dar "a volta" à Serra da Cabreira, sempre com o objectivo de andar o mais possível em terra e passando por um conjunto de aldeias típicas da região. Tirei screenshots do Google Earth com indicadores nos locais por onde deveria passar (cruzamentos, entroncamentos e aldeias).


Em cada indicador, associei as coordenadas (retiradas do Google) e uma pequena descrição (ex. no entroncamento virar à direita). Coloquei tudo num documento Word e assim criei o meu primeiro RoadBook.


Obviamente que as coordenadas só servem se levarmos um receptor GPS como o meu "Tone-Tone". Basicamente, a única coisa que eu tinha de fazer, além de segurar a montada para não cair, era consultar o mapa com os pontos de passagem definidos e, se necessário, verificar as coordenadas do GPS a ver se batiam certo com as que tinha retirado do Google.
Ah !!! Muito importante !!! Vejam só a forma como eu levava o meu roadbook.


O gajo é mesmo engenhocas ...
Tirando um pequeno percalço inicial (logo após o ponto de partida) que me fez perder entre 1h a 1h30 (depois conto no post seguinte ...) os pontos que eu defini, as coordenadas que eu retirei do Google e as coordenadas que eu ia verificando no GPS, tudo batia certo e posso dizer que correu tudo às mil maravilhas. Não me enganei uma única vez !!! Fantástico, para quem planeou, sozinho e de forma artesanal, o seu primeiro passeio :).

Depois conto-vos como correu o passeio propriamente dito ...

Os Filhos de Húrin


Os Filhos de Húrin

Acabei de o ler a semana passada e tenho apenas uma palavra para o descrever - DESILUSÃO !!!
Depois de ler o Senhor dos Anéis (já lá vão cerca de 6 anos), pegar neste livro para reviver Tolkien não foi, certamente, a melhor escolha.
Falta-lhe a magia que Tolkien imprimiu no Senhor dos Anéis.
Falta-lhe as descrições magnifícas que Tolkien fazia de tudo o que envolvia as personagens da história.
Falta-lhe o contínuo com que Tolkien nos envolveu na história da Terra Média e que, por isso mesmo, nos fez ler 3 livros...
Em suma, faltou "aquecer" a história com melhores descrições, mais acção, o puzzle mais encaixado, etc...

Definitavamente, as capacidades editoriais de Christopher Tolkien estão a milhas das do pai ...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nuestros hermanos e o Inglol ?!?

Esta é verídica !!!

Acabei de receber este mail a propósito de uma reserva de férias que fiz numa agência de viagens espanhola.
Tinha optado por comunicar em Inglês por ser mais fácil para mim mas, tendo em conta a resposta, acho que lhes vou pedir para comunicarem comigo exclusivamente em espanhol !!!

"Good days,
we him inform that we need there does to us the payment of the rest of his trip by bank transfer. The numbers of account were sent for mail to his account of e-mail. When it has throw, please add the transfer communicate it to us sending the voucher for mail.
Thank you"

Note-se que isto veio de uma agência de viagens !!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O meu musicol ...

Já lá vai mais de uma década e meia quando conheci estes artistas: Faith no More

Conheci-os como muitos os conheceram na altura, através do seu 4º álbum de originais Angel Dust que continha uma música que abanava completamente com o capacete - Mid life crisis. Aliás, todo o álbum era simplesmente magnífico. Temas como Be agressive, Everything's ruined, A small victory ou Easy deliciavam qualquer teenager na altura :)

Como este ano eles vão-se voltar a juntar no Sudoeste, achei oportuno relembrar ... velhos tempos de puto ...


Faith no more - Mid Life Crisis

E deixo ficar aqui outra, o 1º single do 1º álbum.


Faith no more - We Care a Lot

terça-feira, 7 de julho de 2009

Azar do car ...

... caraças !!!

Finalmente arranjei um fim de semana livre para ir buscar a verdinha. A verdinha, para quem não sabe, é a minha montada :)


Kawasaki KDX 125 (em versão original)
A foto que se segue é aquilo que eu chamo de versão "quitada". Sem espelhos nem o rabo :)


Da última vez que tinha ido a Cabeceiras de Basto, decidi deixá-la em casa dos meus cunhados, na esperança de voltar lá mais vezes e realizar mais passeios TT na região.
Tinha esperança também que o Antero se entusiasmasse mais com os passeios TT e me fizesse companhia mais vezes ... Ele e a sua Transalp mais eu e a minha Kawasaki poderíamos assim, comer mais um bocadinho de pó e se possível, alguma lama pelo meio :)

Digamos que o tiro saiu pela culatra pois estive praticamente 2 meses sem poder lá ir ...

Como disse no início, finalmente consegui arranjar um fim de semana livre e eis que ... os meus cunhados decidem vir ao Porto :(
Grrrr !!!!
Mais, além de eles não estarem por lá (portanto casa fechada, mota guardada), no domingo desata a chover !!!
Irra que isto está enbruxado !!!

Enfim, deixo ficar aqui mais duas fotos.
A primeira delas com o piloto :) antes da partida para o primeiro passeio TT (no Marão) que fiz com a malta do Motoclube do Porto.

A segunda foi tirada no 2º passeio TT que fiz, em plena Serra da Cabreira. Fazíamos, na altura, o intervalo para almoço :)

A este passeio ainda hei-de voltar pois fiz um bom registo do mesmo. Muitas fotos e um vídeo ...

sábado, 4 de julho de 2009

Chef Oliveira e as coxinhas no forno (II)

Contiuemos então ...

Quanto ao acompanhamento, arroz ou batata frita, tanto dá. Depende do gosto. Pessoalmente, gosto de juntar as duas coisas (guloso ...).
O arroz costumo fazê-lo no microondas. É do melhor que há !!! Não dá trabalho absolutamente nenhum. É o que eu chamo tudo ao molhe e fé em deus ...
Juntar num pirex cebola picada, sal, um fio de azeite, uma medida de arroz e duas medidas de água, 15 a 20 minutos no microondas (depende do tamanho do pirex e da potência do microondas) e já está.


Branquinho e soltinho, 5 estrelas. Querem ver?


Entretanto, para as coxinhas ficarem no ponto, falta a "cereja no topo do bolo" que é o mesmo que dizer, as notas em cima das coxas ...


Depois das natas, 10 a 15 minutos de forno serão suficientes. O melhor mesmo é ir controlando (a olho) o assado.
No final, se tudo correr bem, terão algo parecido com isto:


Ah, enquanto decorre esta laboriosa operação, há que tratar do bem estar pessoal. Isto é, matar a sede. E nada melhor do que preparar este belo jantarzinho, com a companhia de um Martini servido a rigor.


Eheh :)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Chef Oliveira e as coxinhas no forno (I)

Ora vamos lá introduzir aqui qualquer coisa de construtivo ...

Gosto de cozinhar !!! Sim, é verdade ... e a Carla quando ler isto vai-me dar cabo da paciência mas pronto ... paciência :)
Mas atenção que todos os dias chateia !!! Há limites, se é que me faço entender ...
Só tenho uma paranóia: gosto de estar sossegado na cozinha e detesto que mexam no que estou a fazer !!! Quando chegar à mesa, logo se vê, certo?

Um dia destes decidi registar a confecção de umas coxinhas de frango no forno. Ora aí vai ...

Em primeiro lugar, é necessário arrumar o estaminé e reunir o material necessário (entretanto pode-se ligar o forno no máximo para ir aquecendo):
- forno (esta era óbvio, não?)
- pirex para levar as coxinhas ao forno (convém, os tachos não se dão muito bem lá dentro ...)
- 1 cebola, sal grosso, óleo, folhas de loureiro
- 1/2~1 pacote de natas (daqueles de 200ml)
- polpa de tomate
- coxinhas de frango (a cebola só com o sal e o óleo é capaz de não cair muito bem ...)

Com o material na mão (ou à mão, para os mais sensíveis), começar por cortar a cebola às rodelas e espalhar pelo pirex. Colocar também algumas folhas de loureiro (4 ou 5 devem chegar). Colocar as coxinhas por cima da cebola e espalhar sal q.b.. Algumas rodelas de cebola podem ficar por cima das coxinhas. Regar tudo com óleo e juntar um pouquinho de água.


E "prontes", upa para o forno (que já deve estar bem quentinho por esta altura) e toca a sentar no sofá ... Dependendo da potência do forno, podem abancar cerca de 30 minutos, mais coisa menos coisa.
Quando voltarem à cozinha para virar as coxinhas, já deverão ter este aspecto.


Agora, toca a regá-las com polpa de tomate.


É nesta altura que entra o truque !!! Baixem a temperatura do forno para 170ºC e coloquem-lhe papel de alumínio por cima. Assim:


Entretanto, adiantamos o acompanhamento.

To be continued ...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A teoria da galinha ...

Está desfeito o mistério.

Quando pensamos que não há resposta possível, eis que surge:

Carla - Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
F - O ovo.
Carla - E quem pôs o ovo?
F - A galinha.
Carla - Então quem nasceu primeiro?
F - O pintaínho !!!

Pois é, tão simples quanto isto.
Filhas ...

O país em que vivemos !!!

O texto que se segue foi escrito pelo Miguel Sousa Tavares, no Expresso.

Palavras para quê? Vale a pena ler tudo ... até ao fim ...
Reflecte sem qualquer sombra de dúvida a estupidez e o desnorte dos últimos governos, independentemente da sua cor ... E o mais triste é que acabamos por nos habituar e acomodar com estas situações. Quer viremos para um lado (rosa) quer viremos para o outro (laranja), vai tudo dar ao mesmo !!!

Parece mesmo que não temos por onde fugir deste cantinho à beira mar plantado...

"Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:

- É sempre assim, esta auto-estrada?

- Assim, como?

- Deserta, magnífica, sem trânsito?

- É, é sempre assim.

- Todos os dias?

- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?

- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

- E têm mais auto-estradas destas?

- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.

- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

- Porque assim não pagam portagem.

- E porque são quase todos espanhóis?

- Vêm trazer-nos comida.

- Mas vocês não têm agricultura?

- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

- Mas para os espanhóis é?

- Pelos vistos...

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

- Mas porque não investem antes no comboio?

- Investimos, mas não resultou.

- Não resultou, como?

- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

- Mas porquê?

- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

- E gastaram nisso uma fortuna?

- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...

- Estás a brincar comigo!

- Não, estou a falar a sério!

- E o que fizeram a esses incompetentes?

- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.

Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.

- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

- Isso mesmo.

- E como entra em Lisboa?

- Por uma nova ponte que vão fazer.

- Uma ponte ferroviária?

- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

- Pois é.

- E, então?

- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.

Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...

- Não, não vai ter.

- Não vai? Então, vai ser uma ruína!

- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

- E vocês não despedem o Governo?

- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...

- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?

- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

- Não me pareceu nada...

- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

- E tu acreditas nisso?

- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

- Um lago enorme! Extraordinário!

- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

- Ena! Deve produzir energia para meio país!

- Praticamente zero.

- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?

- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.

Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!"