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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Romance em Amesterdão

Sinopse
Mariana e Zé Pedro passaram quinze longos anos sem se tornarem a ver. O tempo que poderia ter sido suficiente para fazer desmaiar a sua paixão vivida em Amesterdão. Os mesmos quinze anos que fizeram Mariana imaginar, milhares de vezes, o reencontro; e Zé Pedro desesperar de alguma vez voltar a encontrá-la. Quando, subitamente, numa azafamada manhã, numa estação de metro, se voltaram a encontrar. Quando tudo parecia ter sido diluído no tempo, eis que o passado volta a ser vivido no presente. Um romance apaixonante!

Opinião
Adquiri este livro há uns meses atrás (quase 1 ano!) numa promoção online da Editorial Presença. Apesar de se tratar de um autor desconhecido para mim, já tinha visto vários livros seus nos escaparates das livrarias, tendo alguns atingido lugares cimeiros nos tops de venda nacionais. Havia chegado o tempo de conhecer mais um autor português.
Zé Pedro é um escritor que, rendido ao fracasso das suas obras, decide emigrar para Amesterdão e trabalhar como empregado de mesa. Mariana é uma mulher que, prestes a dar um importante passo na sua vida, decide fazer uma semana de férias em Amesterdão. E é nessa altura que as suas vidas se cruzam pela primeira vez e ambos vivem uma semana muito intensa, quebrada pelo regresso de Mariana a Portugal. Só após 15 anos se voltam a encontrar e a reacender a faísca que ainda se escondia no íntimo de cada um. Mas entretanto, as realidades pessoais de cada um alteraram-se, Zé Pedro retomou a escrita e é dono de uma pequena livraria e Mariana, advogada num conhecido escritório, casou-se e tem uma filha com precisamente 15 anos!
O resto da história desenrola-se à volta do trio Zé Pedro, Mariana e Ricardo e dos seus encontros, desencontros e demais peripécias que normalmente rodeiam este tipo de histórias.
Apesar de não ser daqueles romances de "encher o olho", que deslumbram ou que nos fazem devorar páginas, acabou por se tornar uma leitura muito agradável, assim num estilo de light-book. A escrita é fluída, bem estruturada e centrada nas personagens e seus sentimentos.
Um autor a quem voltarei... Primeiro porque ainda tenho lá outro livro dele na estante e, acima de tudo, porque é português. :)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Definição de (boas?) recordações

Um dia destes, de manhã, já um pouco atrasados para a escola e numa rua em que tenho que parar devido a um sinal de STOP, diz a L.:

L - Óh pai, anda lá... não pares!
Eu - Mas se não parar, bato nos outros carros!
L - Não faz mal...
Eu - Não faz mal?!? Mas então fico com a carrinha estragada.

Nisto, diz a F.:

F - Ah, então é melhor parar. Tenho boas recordações da carrinha e não a quero estragar.
Eu - Ai é? E que recordações são essas?
F. - Olha, por exemplo, quando fiquei com o dedo trilhado na porta... ou então daquela vez que fiquei com o pé preso!

Ainda bem que ela só se lembrou das boas (?) recordações...

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Ouro dos Cruzados

Sinopse
A bordo do Seaquest II, no porto de Istambul, Jack Howard e a sua equipa organizam um mergulho em busca de um tesouro envolto em mistério. Esperam descobrir o fabuloso ouro que os romanos saquearam do Templo de Salomão e de que fazia parte a Menorá, o cobiçado símbolo sagrado do judaísmo, e mais tarde desaparecido em Constantinopla, na época das Cruzadas. O que o explorador vem a descobrir leva-o e à sua equipa numa aventurosa busca, ao mesmo tempo geográfica e cronológica, à volta do mundo, desde a queda do Império à ascensão viquingue e às suas navegações até ao continente americano e até aos tempos do poder Nazi, um périplo onde afloram igualmente os segredos do Vaticano. Entretanto uma obscura seita secreta, atravessa-­se no caminho dos exploradores, determinada a recuperar o ouro dos cruzados a todo o custo.

Opinião
Quando, na altura, li a sinopse deste Ouro dos Cruzados, confesso que fiquei bastante entusiasmado com esta mistura de romanos, judaísmo, vikings,  nazis e até segredos do Vaticano! Tudo apontava para uma aventura "histórica", um dos meus géneros favoritos, numa busca por um artefacto histórico de grande valor e cuja descoberta poderia acarretar um conjunto de transformações no mundo actual. Para quem não sabe, a Menorá é um dos símbolos mais importantes do judaísmo e constitui, actualmente, um dos símbolos do estado de Israel, em conjunto com a Estrela de Davi.
De facto, o início desta aventura é prometedor. Somos levados a acompanhar o trabalho de mergulho de Jack Howard e da sua equipa, no porto de Istambul (antiga Constantinopla) onde descobrem os restos de um antigo Drakar Viking que, segundo a teoria de Jack, terá pertencido a Harald Hardrada, um antigo rei Viking que participou no saque de Constantinopla. O problema é que depois veio o caos! De Istambul somos levados para Inglaterra, depois para a Gronelândia, América do Norte e finalmente América Central, em pleno território Maia. Pelo meio, há uma série de descobertas e coincidências "demasiado coincidentes" que, quanto a mim, forçam demasiado a estória a seguir o rumo desejado pelo autor e tornam aquilo que poderia ser história numa verdadeira fábula imaginária.
Além disso, creio que o autor, ao pretender misturar na mesma história, um conjunto de ingredientes para a tornar mais apetecível, daqueles que suscitam sempre a curiosidade do leitor e avivam a leitura, acabou por criar um caldo demasiado espesso e, em muitas ocasiões, muito confuso. A participação de Vikings nas cruzadas, sociedades secretas (mais uma...), mergulho em interior de iceberg (cuja descrição foi, para mim, das leituras mais confusas que alguma vez fiz... a páginas tantas já não se percebia como é que os intervenientes estavam... dentro, fora, virados para baixo, virados para cima... enfim...), chegada dos vikings à América do Norte (talvez o facto mais credível no meio de todos os outros), e, para terminar, o desembarque de Vikings na América Central, em pleno território Maia!?!
No geral, gostei da leitura. Apesar de confusa em algumas secções acaba por ser fluida. Pena é que em termos históricos (aquilo que eu realmente aprecio neste tipo de aventuras) tenha ficado um pouco aquém das expectativas. Demasiado forçado...