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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

As Velas Ardem Até ao Fim

Sinopse
Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...


Opinião
Deste autor, Sándor Márai, já tinha lido há cerca de 2 anos "A Herança de Eszter" e, apesar de não ter sido uma leitura deslumbrante, acabei por ficar com o nome gravado e com vontade de voltar a explorar a sua obra. E foi o que fiz com este As Velas Ardem Até ao Fim. Mais uma vez, creio que fiquei com a mesma sensação pós-leitura. Não é mau, mas é precisto ter um determinado estado de espírito para o conseguir ler e apreciá-lo. Tal como o anterior, tudo começa com a chegada de uma carta que vai despoletar velhas recordações e sentimentos adormecidos em relação a uma velha amizade.
Tudo se passa num pequeno castelo, na Hungria, num ambiente oitocentista. Um velho general é visitado por um velho amigo, Konrad, com o qual estudou e partilhou toda uma infância e adolescência e o princípio da vida adulta. A chegada de Konrad vai fazê-los revivar um estranho acontecimento que marcou a vida de ambos e que os forçou a viver 41 anos separados.
Apesar de uma escrita relativamente simples, é um livro que se pode tornar um pouco difícil de ler devido, sobretudo, à falta de acção. À excepção da primeira parte do livro em que nos é apresentada a relação entre os dois intervenientes e o modo como foi construída e cimentada a sua amizade, o resto resume-se a (quase) um monólogo por parte do general com uma série de reflexões sobre o valor da amizade e as contingências e abalos da vida e suas consequências na amizade.
É, acima de tudo, uma reflexão sobre a amizade. O que é, como se constrói, como a devemos encarar mediante alguns acontecimentos que esbarram na vida dos intervenientes... Uma leitura engraçada mas que, confesso, não apareceu na melhor altura. Talvez seja um daqueles livros a reler um dia mais tarde...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Trailer #2

A 3 meses da chegada às salas de cinema, eis que surge novo trailer para o muito, muito, muito... aguardado "The Hobbit" de Peter Jackson. E desta vez, até podemos personalizar o final do trailer com as nossas personagens favoritas.


Já falta pouco... :)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O meu musicol...

Esta música já tem mais anos que eu! :)
É de 1975!!
Mas esta versão está absolutamente fenomenal! Faz parte de um álbum tributo aos Fleetwood Mac com a participação de várias bandas interessantes, lançado neste último Agosto. Ainda está fresquinho...


Best Coast - Rhiannon

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Águia do Império

Sinopse
Afastado de Roma devido a uma conspiração que envolve o próprio Imperador, o jovem Quintus Cato, amante das letras e da vida no palácio, chega à Germânia para se inscrever como recruta na Segunda Legião, a mais temida e afamada dos exércitos de Roma. E se a adaptação aos rigores da vida militar já se revela terrivelmente difícil, o jovem ainda tem de enfrentar o desprezo dos camaradas quando descobrem que, graças aos contactos que tem em Roma, Cato vai receber um posto superior ao deles: o de lugar-tenente de Macro, o mais experiente e destemido de todos os centuriões. Para recuperar o respeito dos camaradas, Cato vai ter de provar a sua coragem contra as sanguinárias tribos germânicas. E se sobreviver, o pior ainda está para vir: a Segunda Legião vai ser enviada para uma terra de barbaridade sem paralelo, a nebulosa e distante Britânia. E ele e Macro, escolhidos para uma missão secreta repleta de intrigas, que ameaçam não só as suas vidas, mas também o futuro do Império.

Opinião
Sou, desde os meus 13 anos (mais ano menos ano), altura em que estudei na escola a civilização romana, um apaixonado por Roma. Sempre me fascinou o império romano e o modo como foram capazes de conquistar e dominar grande parte da Europa, o Norte de África e a bacia mediterrânica da Ásia. Com uma máquina de guerra poderosíssima, uma organização excepcional e uma capacidade, quer ao nível da arquitectura quer ao nível da engenharia, extraordinária e muitos anos à frente de qualquer outra civilização da altura, impuseram o seu poderio a um vasto conjunto de povos que se subjugaram, durante centenas de anos, aos descendentes de Rómulo e Remo.
Há muito que já tinha esta Saga da Águia debaixo de olho e aguardava, pacientemente, a melhor altura para iniciar a sua leitura. Aconteceu este ano. E em boa hora!
Este primeiro volume, essencialmente de apresentação às duas personagens principais da Saga, o experiente centurião Macro e o seu optio Cato, começa por nos apresentar o dia a dia de uma das mais temerosas legiões romanas, a afamada 2ª Legião para a qual Cato é enviado. Ao mesmo tempo que o autor nos vai introduzindo na máquina de guerra romana, nas suas técnicas de treino e de combate, vamos assistindo ao desenrolar de uma conspiração que afectará as suas vidas, a própria legião e, inclusivamente, o futuro do império romano.
Percebe-se, neste primeiro volume, toda a sua paixão e conhecimento profundo sobre a civilização romana de Simon Scarrow, com relatos e descrições bastante pormenorizadas sobre o modo de vida da máquina de guerra romana.
O segundo volume já está em queue e, muito provavelmente, será lido ainda este ano.
Excelente leitura!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Primo Basílio

Sinopse
Escrito em Inglaterra, O Primo Basílio, publicado em 1878, é um romance de costumes da média burguesia lisboeta e uma sátira moralizadora ao romanesco da sociedade da época.
Luísa é uma vítima das suas leituras negativas e da baixeza moral do primo, quando a ausência do marido a deixou entregue ao seu vazio interior. É uma vítima do ócio.
Eça sugere artisticamente os traços psicológicos das várias figuras da obra com os seus dramas, que de forma alguma enfraquecem o clima trágico, denso, do drama da heroína.


Opinião
Na senda da tradição que tenho seguido nos últimos anos, com a leitura de (pelo menos) 2 clássicos portugueses por ano, este Primo Basílio foi o primeiro do ano. Depois de, há 2 anos, ter relido Os Maias de Eça de Queirós, tinha alguma vontade em voltar ao admirável mundo de Eça e à sua deliciosa escrita.
Desta vez, Eça brinda-nos com uma história sobre aventuras e desventuras conjugais no seio de uma família burguesa. Luísa é uma mulher casada, simples e representante dos bons costumes da época até que um dia reencontra o seu primo Basílio que a vai arrancar do ócio e do tédio em que vive e despertar-lhe os sentimentos rebeldes e a procura por uma aventura extra-conjugal que, de um modo mais ou menos reprimido, sempre a acompanhou. Basílio é um daqueles galãs de antigamente, conquistador e muito seguro de si próprio, só lhe interessa o seu bem estar e as suas conquistas.
Uma excelente crítica à burguesia da época, com alguma alguma ironia e alguns salpicos da realidade política da altura. Uma leitura agradável.