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quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Tormenta de Espadas

Sinopse
Os Sete Reinos estremecem quando os temíveis selvagens do lado de lá da Muralha se aproximam, numa maré interminável de homens, gigantes e terríveis bestas. Jon Snow, o Bastardo de Winterfell, encontra-se entre eles, debatendo-se com a sua consciência e o papel que é forçado a desempenhar.
Todo o território continua a ferro e fogo. Robb Stark, o Jovem Lobo, vence todas as suas batalhas, mas será ele capaz de vencer as mais subtis, que não se travam pela espada? A sua irmã Arya continua em fuga e procura chegar a Correrrio, mas mesmo alguém tão desembaraçado como ela terá dificuldade em ultrapassar os obstáculos que se aproximam.
Na corte de Joffrey, em Porto Real, Tyrion luta pela vida, depois de ter sido gravemente ferido na Batalha da Água Negra, e Sansa, livre do compromisso com o rapaz cruel que ocupa o Trono de Ferro, tem de lidar com as consequências de ser segunda na linha de sucessão de Winterfell, uma vez que Bran e Rickon se julgam mortos.
No Leste, Daenerys Targaryen navega na direcção das terras da sua infância, mas antes terá de aportar às cidades dos esclavagistas, que despreza. Mas a menina indefesa transformou-se numa mulher poderosa. Quem sabe quanto tempo falta para se transformar numa conquistadora impiedosa?

Opinião
A Tormenta de Espadas é a primeira parte do 3º volume original Storm of Swords. A saga continua e a fantástica aventura com que George R.R. Martin nos presenteia começa a atingir contornos épicos. É de louvar o facto de, chegados ao 5º livro (edição PT) ainda haver tanta acção pendente e ainda tanto para decidir...
Depois de apresentado o cenário, os vários reinos e as pretensões de cada um, depois de iniciada a guerra pelo controlo de Westeros e do Trono de Ferro, depois da gradual ascensão de Daenerys na sua busca por un novo exército, da iminente queda da Patrulha da Noite aos pés do exército de selvagens que se encaminham perigosamente para sul da Muralha, da dispersão da descendência do clã Stark e da sua tentativa de recuperar o sentido do norte, eis-nos instalados numa poltrona priviligeada a assistir ao desenrolar da guerra e às movimentações no campo de batalha. E tudo isto, sem "sair de casa" :)

Mas o mais engraçado (e fascinante acima de tudo) é o modo como o autor consegue fazer fluir a trama e as perspectivas com que o consegue fazer. Ao invés do típico paradigma bom/mau, ou o bem contra o mal, Martin faz desenrolar a história quer sobre a perspectiva de um lado, quer sobre a perspectiva do outro até que nos coloca num ponto onde já não conseguimos identificar o lado para o qual pendemos. Evitando spoilers, devo dizer que este volume alterou por completo (como da água para o vinho) a minha relação com Jaime Lannister. Não, ele não é do "clube dos maus"! Fez o que fez apenas porque teve que o fazer!?!

Resumindo, ao fim de 5 volumes continuo flashado na saga! E já lá tenho o volume 6...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

81ª Feira do Livro do Porto

Infelizmente, no ano passado não consegui ir à Feira do Livro do Porto mas este ano desforrei-me e tirei a barriga de misérias :)
E o que me valeu foi a Carla a por travão nas compras caso contrário tinha-me descontrolado :)
Este ano consegui ir lá duas vezes, e uma delas na chamada Hora H, em que os livros publicados há mais de 18 meses tem descontos iguais ou superiores a 50%!

A lista de aquisições, apesar de extensa, não se "extendeu" nem pesou em demasia no bolso porque acabei por aproveitar as "pechinchas" e o facto de a Saída de Emergência manter a mesma campanha que tem para compras online, compre 2 leve 3. :)


- O Hobbit, de J.R.R. Tolkien
- A Glória dos Traidores, de George R.R. Martin
- Orgulho Asteca, de Gary Jennings
- Sangue Asteca, de Gary Jennings
- Ouro Azul, de Clive Cussler
- Os Homens que Odeiam as Mulheres, de Stieg Larsson
- As Velas Ardem até ao Fim, de Sándor Márai
- O Voo da Águia, de Simon Scarrow
- O Aprendiz de Assassino, de Robin Hobb

Aproveitei ainda para trazer, da colecção de clássicos da Porto Editora, os seguintes:


- Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco
- As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis
- O Primo Basílio, de Eça de Queirós
- Uma Família Inglesa, de Júlio Dinis

Alguns deles já estavam em lista de compra para este ano como é o caso d'O Hobbit e d'A Glória dos Traidores, outros trouxe-os por que já tinha lido boas críticas e estava com vontade de conhecer o autor como é o caso de Stieg Larsson e Robin Hobb (com a Saga do Assassino) e os restantes trouxe-os porque me suscitaram alguma curiosidade, nomeadamente os dois volumes de Gary Jennings sobre uma civilização que sempre me fascinou.

Os clássicos da Porto Editora, além de os ter adquirido a um preço quase irrisório, dar-me-ão oportunidade de crescer nas minhas leituras de autores "históricos" portugueses. Depois de ter lido Os Maias no ano passado, a minha curiosidade pelos grandes clássicos de autores portugueses adensou-se ... Espero, ainda este ano, ler pelo menos dois clássicos destes quatro. A ver vamos ...

De todos eles o meu destaque vai direitinho para O Hobbit :)
Já andava atrás dele há uns anos mas acho que dar perto de 20€ por um livro que já está nas bancas há uma data de anos era um bocadinho demais... Assim, trouxe-o por metade :D

Engraçado também como começo a ficar "fã" da Saída de Emergência. Só nesta remessa foram 6. Provavelmente será a editora com mais livros lá por casa...

Portugal no seu melhor

Esta semana dirigi-me a um marmorista para que este me cortasse uma tira com determinadas dimensões a partir de um resto de pedra que tinha lá em casa.
Deixei, no marmorista, a referida pedra juntamente com um papel onde especifiquei claramente as dimensões pretendidas: 0,8 cm por 27,6 cm.

Ontem ligou-me o marmorista mor (presumo que o chefe da coisa) a dizer-me que não percebia o que era para fazer. Expliquei-lhe que apenas queria uma tira de pedra com as medidas que lhe deixei ao que ele me questionou: e então qual vai ser a espessura?
Mantive a calma e expliquei-lhe que a espessura era a da pedra que lá tinha! Nem mais, nem menos ...

Hoje, fui lá buscar a dita "tira" e eis que me sai uma pérola com 27,6cm e 8cm. Ou seja, a conversão das unidades foi feita de 27,6cm para 0,276m e 0,8cm para 0,08m!
E o melhor foi quando lhe tentei explicar que 0,8cm era a mesma coisa que 8mm! Não, dizia ele ... para isso teria que ter escrito 0,08!!!

Estamos a falar de malta que lida todos os dias com medidas e que tem esta dificuldade em fazer conversões de unidades !
Não sei se volto a ler artigos de opinião sobre a produtividade nacional (ou a falta dela ...).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O meu musicol ...

Codes And Keys é o último álbum dos Death Cab For Cutie, uma das minhas bandas favoritas.
Este sétimo álbum da banda, acabadinho de sair (31/Maio/2011) mantém-se na linha do anteriores no que diz respeito à qualidade. Mesmo sendo um álbum mais centrado nos keyboards ao invés das tradicionais guitarras, a identidade e sonoridade da banda está (toda) lá.
O primeiro single "You are a Tourist" é, marcadamente, um trabalho dos DCFC e não há que enganar.
Muito bom ...


Death Cab For Cutie - You are a Tourist

terça-feira, 7 de junho de 2011

Madrid vista de cima ... e não só

No regresso do fim de semana em Madrid tive a oportunidade de ficar junto à janela e a felicidade de apanhar um céu mais ou menos limpo. À excepção da passagem por Zamora e Salamanca, onde passamos literalmente por cima das nuvens sem ver absolutamente nada "para baixo", no resto do percurso consegui tirar umas fotografias bem interessantes.
A começar por Madrid. O Aeroporto de Barajas fica na periferia de Madrid, na zona NE, se bem que é servido pelo Metro o que nos permite facilmente chegar ao centro de Madrid. A localização do aeroporto, conjugada com o facto de a descolagem ter sido feita para SE fez com que o avião, logo após descolar e ganhar alguma altitude fizesse uma curva à direita o que me permitiu umas excelentes vistas sobre a capital espanhola.


Nesta consegue-se ver o Aeroporto de Barajas (quase) no canto superior direito, com as suas 4 pistas, e a cidade de Madrid à sua esquerda.
Na seguinte, que tive de "martelar" no Photoshop para se conseguir ver com alguma nitidez (a original estava envolta em alguma nebulosidade ...), consegue-se apanhar vários detalhes nomeadamente a M30 (via rápida que rasga a cidade de Norte a Sul nesta imagem), o Parque del Retiro (aquela mancha verde com um lago), o Estádio Santiago Bernabéu (santuário dos aficcionados madrileños) e as 4 Torres de Madrid, também conhecidas por Cuatro Torres Business Area (CTBA).


Por último, outra perspectiva de Madrid, desta vez obtida praticamente a Sul da Cidade que nos mostra, além da zona Este da fotografia anterior, a zona Oeste de Madrid on se situam, por exemplo, o Palácio Real de Madrid, o Templo de Debod e ainda uma das maiores zonas verdes de Madrid, composta pelo Parc de La Montaña e pelo Parque del Oeste. Para os aficionados, uma nota para o Santiago Bernabéu (mais uma vez) e também para o Vicente Calderón, estádio do Atlético de Madrid, no canto inferior esquerdo.


Depois das vistas de Madrid, e como já referi acima, voamos por cima das nuvens, sem ver a "ponta de um chavo" lá para baixo até que ... entramos em Portugal :)

E uma das primeiras imagens que eu identifiquei foi a secura na barragem da Venda Nova que já tinha descrito aqui e aqui. Ainda na mesma fotografia, destaque para o parque eólica da Serra da Cabreira e para a barragem da Paradela (lá em cima na foto...), já em plena Serra do Gerês.


Mais um "lago", desta vez a albufeira do Ermal, em Vieira do Minho, com a Serra do Gerês lá bem ao fundo ...


A cidade de Braga (que consegui identificar numa outra foto graças ao nó de Celeirós da A3 :) ...).


A foz do rio Cávado, entre as famosas torres de Ofir e Esposende ...


A foz do rio Ave, Vila do Conde com as suas famosas "caxinas", e ainda um bocadinho da Póvoa de Varzim ...


E para terminar, já na fase de aproximação à pista, tive a sorte de apanhar esta :)


E não é que o gajo vinha coladinho a nós!!! A querer ultrapassar pela direita ...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Cemitério dos Barcos sem Nome

Sinopse
Um marinheiro sem barco, desterrado do mar, conhece uma estranha mulher, que possui, talvez sem o saber, a resposta a perguntas que certos homens fazem desde há séculos. Arturo Pérez-Reverte, o autor espanhol contemporâneo mais lido no mundo inteiro, leva-nos, na companhia de Coy e Tanger, à procura do Dei Gloria, um bergantim que há mais de duzentos anos repousa nas águas profundas do Mediterrâneo. De Barcelona a Madrid, de Cadiz a Gibraltar, ao longo das costas de Cartagena, o objectivo é sempre um tesouro fabuloso, que talvez contenha a resposta a um dos grandes enigmas da história de Espanha.

Opinião
Já por várias vezes me tinham falado de Artur Pérez-Reverte e da qualidade das suas obras. Acabei por conhecê-lo através deste "Cemitério dos Barcos Sem Nome" que, diga-se de passagem, acabou por ser mesmo um calvário ...
Pelas várias críticas e comentários que já tenho lido acerca deste autor, estou em crer que falhei a minha abordagem ao mesmo. Mas vamos ao livro.

Depois de ler a sinopse, partia para a leitura com uma enorme expectativa. A procura de um tesouro afundado, que repousa no Mediterrâneo há mais de duzentos anos é assunto suficiente para me deixar ávido pela leitura. Infelizmente, essa avidez foi dando lugar a um tédio enorme conforme ia avançando. Avançando só mesmo no número de páginas porque nas primeiras duzentas, o autor não nos consegue transportar para lado nenhum nem fazer avançar a história de forma a agarrar o leitor.

Apesar de na sinopse se transmitir uma ideia de acção, "... Barcelona a Madrid, de Cadiz a Gibraltar, ao longo das costas de Cartagena...", durante as 443 páginas do livro pouco ou quase nada é transmitido sobre Madrid, Barcelona, Cadiz, Gibraltar ou Cartegena. De Madrid, ficamos a saber que existe um museu Naval perto do Museu do Prado; de Barcelona, cidade de Coy, que existe uma casa de leilões que Coy frequentava regularmente; de Cádiz, que era uma cidade por onde, antigamente, passava a linha de meridiano 0, usada pelos espanhóis nas suas cartas de navegação e de Gibraltar ou Cartagena, niente! Não reti absolutamente nada acerca destas duas cidades ... Quer isto dizer que o autor passa a maior parte do tempo (ou das páginas) a divagar pelos pensamentos de Coy e pelo modo de vida no mar e pela sensação de desconforto que sente um marinheiro quando está em terra. Sinceramente, não aguento 443 páginas nisso ...

O final também é de um desconsolo brutal! Fez-me lembrar aquelas refeições vulgares em que no final ansiamos por uma pequena sobremesa ou um chocalatinho para acomodar a dita refeição, preechendo aquele espaço virtual que nos ficou, aquilo que normalmente designamos por desconsolo. E foi assim que me senti depois de ler este livro. Apeteceu-me passar pela cozinha e comer uma bomboca tal foi o desconsolo final ...
É, no entanto, um autor a quem vou voltar. Há que insistir ...