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terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Ouro dos Cruzados

Sinopse
A bordo do Seaquest II, no porto de Istambul, Jack Howard e a sua equipa organizam um mergulho em busca de um tesouro envolto em mistério. Esperam descobrir o fabuloso ouro que os romanos saquearam do Templo de Salomão e de que fazia parte a Menorá, o cobiçado símbolo sagrado do judaísmo, e mais tarde desaparecido em Constantinopla, na época das Cruzadas. O que o explorador vem a descobrir leva-o e à sua equipa numa aventurosa busca, ao mesmo tempo geográfica e cronológica, à volta do mundo, desde a queda do Império à ascensão viquingue e às suas navegações até ao continente americano e até aos tempos do poder Nazi, um périplo onde afloram igualmente os segredos do Vaticano. Entretanto uma obscura seita secreta, atravessa-­se no caminho dos exploradores, determinada a recuperar o ouro dos cruzados a todo o custo.

Opinião
Quando, na altura, li a sinopse deste Ouro dos Cruzados, confesso que fiquei bastante entusiasmado com esta mistura de romanos, judaísmo, vikings,  nazis e até segredos do Vaticano! Tudo apontava para uma aventura "histórica", um dos meus géneros favoritos, numa busca por um artefacto histórico de grande valor e cuja descoberta poderia acarretar um conjunto de transformações no mundo actual. Para quem não sabe, a Menorá é um dos símbolos mais importantes do judaísmo e constitui, actualmente, um dos símbolos do estado de Israel, em conjunto com a Estrela de Davi.
De facto, o início desta aventura é prometedor. Somos levados a acompanhar o trabalho de mergulho de Jack Howard e da sua equipa, no porto de Istambul (antiga Constantinopla) onde descobrem os restos de um antigo Drakar Viking que, segundo a teoria de Jack, terá pertencido a Harald Hardrada, um antigo rei Viking que participou no saque de Constantinopla. O problema é que depois veio o caos! De Istambul somos levados para Inglaterra, depois para a Gronelândia, América do Norte e finalmente América Central, em pleno território Maia. Pelo meio, há uma série de descobertas e coincidências "demasiado coincidentes" que, quanto a mim, forçam demasiado a estória a seguir o rumo desejado pelo autor e tornam aquilo que poderia ser história numa verdadeira fábula imaginária.
Além disso, creio que o autor, ao pretender misturar na mesma história, um conjunto de ingredientes para a tornar mais apetecível, daqueles que suscitam sempre a curiosidade do leitor e avivam a leitura, acabou por criar um caldo demasiado espesso e, em muitas ocasiões, muito confuso. A participação de Vikings nas cruzadas, sociedades secretas (mais uma...), mergulho em interior de iceberg (cuja descrição foi, para mim, das leituras mais confusas que alguma vez fiz... a páginas tantas já não se percebia como é que os intervenientes estavam... dentro, fora, virados para baixo, virados para cima... enfim...), chegada dos vikings à América do Norte (talvez o facto mais credível no meio de todos os outros), e, para terminar, o desembarque de Vikings na América Central, em pleno território Maia!?!
No geral, gostei da leitura. Apesar de confusa em algumas secções acaba por ser fluida. Pena é que em termos históricos (aquilo que eu realmente aprecio neste tipo de aventuras) tenha ficado um pouco aquém das expectativas. Demasiado forçado...

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