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sexta-feira, 1 de março de 2013

A Filha do Capitão

Sinopse
A Filha do Capitão é a história de uma grande paixão em tempo de guerra. Quem sabe se a vida do capitão Afonso Brandão teria sido totalmente diferente se, naquela noite fria e húmida de 1917, não se tivesse apaixonado por uma bela francesa de olhos verdes e palavras meigas. O oficial do exército português estava nas trincheiras da Flandres, em plena carnificina da I Guerra Mundial, quando viu o seu amor testado pela mais dura das provas. Em segredo, o Alto Comando alemão preparava um ataque decisivo, uma ofensiva tão devastadora que lhe permitiria vencer a guerra num só golpe, e tencionava quebrar a linha de defesa dos aliados num pequeno sector do vale do Lys. O sítio onde estavam os portugueses. Tendo como pano de fundo o cenário trágico da participação de Portugal na Grande Guerra, A Filha do Capitão traz-nos a comovente história de uma paixão impossível e, num ritmo vivo e empolgante, assinala o regresso do grande romance às letras portuguesas. O Capitão Afonso Brandão mudou a sua vida quase sem o saber, numa fria noite de boleto, ao prender o olhar numa bela francesa de olhos verdes e voz de mel. O oficial comandava uma companhia da Brigada do Minho e estava havia apenas dois meses nas trincheiras da Flandres quando, durante o período de descanso, decidiu ir pernoitar a um castelo perto de Armentières. Conheceu aí uma deslumbrante baronesa e entre eles nasceu uma atracção irresistível. Mas o seu amor iria enfrentar um duro teste. O Alto Comando alemão, reunido em segredo em Mons, decidiu que chegara a hora de lançar a grande ofensiva para derrotar os aliados e ganhar a guerra, e escolheu o vale do Lys como palco do ataque final. À sua espera, ignorando o terrível cataclismo prestes a desabar sobre si, estava o Corpo Expedicionário Português. Decorrendo durante a odisseia trágica da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, A Filha do Capitão conta-nos a inesquecível aventura de um punhado de soldados nas trincheiras da Flandres e traz-nos uma paixão impossível entre um oficial português e uma bonita francesa. Mais do que uma simples história de amor, esta é uma comovente narrativa sobre a amizade, mas também sobre a vida e sobre a morte, sobre Deus e a condição humana, a arte e a ciência, o acaso e o destino.

Opinião
Bom, este é daqueles livros em que, pela sinopse, ficamos a saber quase tudo!
É, também, um dos primeiros livros de José Rodrigues dos Santos (o 2º, me parece...), numa altura em que o famoso herói Tomás Noronha, provavelmente, ainda não era nascido. :)
De facto, trata-se de uma história de amor em tempo de guerra. Mas além da história de amor, que serve como pano de fundo, JRS transporta-nos para o início do século XX e dá-nos uma ideia do que foi a colaboração portuguesa na 1ª grande guerra. O autor apresenta-nos um retrato bastante fiel do que terá sido a famosa guerra das trincheiras e de como o Corpo Expedicionário Português a viveu na zona da Flandres. Tudo isto enquanto o panorama político nacional se desenrolava num verdadeiro turbilhão, nos tempos que antecederam a chegada do Estado Novo.
Acaba por ser um bom romance histórico, no sentido em que somos transportados para um período do qual apenas ouvimos falar, e sem grande detalhe (pelo menos no meu caso). De facto, as dificuldades por que passou o CEP foram enormes e as diferenças entre as suas "condições de guerra" e as dos aliados, bem como dos próprios alemães, eram absolutamente abissais. Desde a higiene pessoal (o banho semanal era algo estranho para os portugueses...), à qualidade do vestuário, às condições nas próprias trincheiras, etc.
Uma história muito interessante e uma leitura que recomendo.

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