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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Fortaleza Digital

Sinopse
Quando o ultra-secreto e invencível descriptador da NSA, o Crivo, se depara com uma mensagem indecifrável criada por um «anjo caído» da própria agência, o director de operações recorre à brilhante criptógrafa Susan Fletcher e ao seu noivo, um professor de Literatura, para o ajudarem a desvendar o mistério.
Qual será a natureza do terrível código que tomou a NSA como refém? E terá David Becker êxito na sua demanda por um misterioso anel?
Apanhada numa vertiginosa rede de secretismos e mentiras, Susan tenta desesperadamente salvar a agência em que acredita e, mais tarde, a própria vida e a do homem que ama.
Mas será essa a resposta para a segurança universal?
Chegando o momento da verdade , «quem guardará os guardas»?

Opinião
Após um hiato de 3 anos e meio, voltei às leituras de Dan Brown e, desta vez, para ler o o seu primeiro romance, ainda no período pré Robert Langdon. Aproveitei uma feira de material usado para "rematar" este exemplar por um valor quase insignificante e como estava com ideias de impulsionar o meu ritmo de leitura que andava um pouco por baixo, nada melhor do que pegar num verdadeiro page-turner!
Em primeiro lugar é importante referir que este livro foi publicado em 1998 ou seja, numa altura em que pouca gente sabia o que era a NSA e a utilização das novas tecnologias (Internet, email, etc) era muito reduzida e quase circunscrita às grandes empresas e ao mundo universitário. Pouca gente conhecia o termo Criptografia e o seu significado, as redes sociais limitavam-se ao uso do velhinho IRC (chat) e ninguém (nunca) imaginaria que grande parte dos segredos de estado e militares dos Estados Unidos poderiam, um dia, chegar ao conhecimento público através do WikiLeaks.
A juntar a isto, existe ainda a particularidade de eu trabalhar na área de IT pelo que me foi impossível abstrair em termos técnicos do conteúdo do livro....
Tendo em conta esta premissa, considero que o romance é até bastante razoável e acredito que se o tivesse lido na altura em que saiu poderia ter-lhe dado uma "pontuação" maior. Lendo-o agora, ficou-me na retina, obviamente, os detalhes técnicos associados à história sendo que alguns deles deram mesmo para rir.
Mas, questões técnicas à parte, gostei da história, do enredo criado e da forma como foi evoluindo. Não gostei do fim, demasiado previsível e muito, mas mesmo muito rápido! A construção das personagens também ficou muito aquém do que seria de esperar. Não consegui "agarrar-me" a nenhuma personagem em especial. Mesmo Ensei Tankado, que poderia ter sido utilizado como um baluarte à liberdade foi muito pouco explorado e negligenciado.
É, no entanto, um daqueles livros que puxa inevitavelmente pela leitura. Utilizando uma escrita simples, directa e incisiva, e estruturando o livros em pequenos e "rápidos" capítulos, Brown consegue-nos manter agarrados ao livro e sempre com vontade de avançar um pouco mais.
No geral, considero um livro mediano. De agradável leitura mas de qualidade inferior em comparação com as restantes obras do autor. E terminado este, fica-me a faltar apenas o último, Inferno.

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